Criança no tablet – como ficar despreocupado? Dicas de internet segura
“Olha como ele aprendeu rápido!”.
Quem nunca presenciou essa cena de pais entusiasmados com o filho mexendo no tablet?
A internet é uma grande fonte de entretenimento, e as crianças não poderiam ficar de fora.
Porém, permitir a entrada precoce das crianças no mundo online, pode não se tornar algo tranquilizante para os pais. As crianças não são como os adultos, elas são inocentes e isso aumenta a brecha para as consequências de suas atitudes, mesmo que virtual.
Redes sociais podem ser usadas por crianças?
Na teoria não.
Infelizmente muitos adultos não dão a real importância sobre o uso da internet pelos menores.
Considerado como “pandemia de risco cibernético”, mais de 56% de crianças entre 8 e 12 anos estão expostas a ameaças digitais. O resultado é apontado no relatório de impacto DQ 2018, realizado pelo Instituto DQ em parceira com o Fórum Econômico Mundial. O levantamento sobre segurança infantil online e cidadania digital avaliou o comportamento de 34 mil crianças em idade escolar de 29 países – o Brasil não foi incluído.
Sites como: Facebook, Instagram, Tumblr, Twitter, Google, Gmail, Google+, proíbem a criação de conta por menores de 13 anos. Como membro, o usuário se compromete a não apresentar informações falsas.
A definição de idade é de acordo com a Lei federal dos EUA “Children’s Online Privaty Protection Act”, de 1998, que trata da proteção de privacidade infantil. Por serem sites americanos, as regras para os membros brasileiros respeitam a lei dos EUA, criando normas globais, e as próprias redes sociais incentivam a denúncia de contas de usuários que tenham idade inferior a 13 anos.
Já o famoso site de compartilhamento de vídeos, o Youtube, é ainda mais rígido. A idade mínima para utilizar a plataforma é 18 anos.
Veja o que diz o termo: “Quanto à capacidade para aceitar os Termos de Uso, Você afirma ser maior de 18 anos ou ser menor emancipado, ou estar de posse de autorização legal dos pais ou de tutores, e plenamente capaz de consentir com os termos, condições, obrigações, afirmações, representações e garantias descritas nestes Termos de Uso, e obedecê-los e cumpri-los. Em qualquer circunstância, Você afirma ter mais de 18 anos, visto que o website do YouTube não é projetado para jovens menores de 18 anos. Se Você tiver menos de 18 anos, não deverá utilizar o website do YouTube. Você deverá conversar com seus pais sobre quais sites são apropriados para ele.”
Versões kids de sites tradicionais
O uso da internet por crianças têm crescido rapidamente, e junto a isso, houve a necessidade de adaptar alguns sites tradicionais para uso seguro, pois é altamente preocupante os riscos que elas estão expostas no mundo virtual.
Vejamos algumas opções:
1- Kiddle
Conhecido como o Google das Crianças, o Kiddle bloqueia drogas, nudez e violência.
Com um visual colorido e divertido, possui um robô como mascote e permite encontrar resultados de busca na internet. Caso a criança busque por alguma palavra inapropriada, chamada de ‘bad words’ pelo site, aparecerá um alerta na tela.
O Kiddle oferece uma leitura simplificada para as crianças, tendo fonte Arial e imagens grandes.
2- Youtube Kids
Para os pequenos que possuem aparelho próprio e adoram assistir vídeos, o Youtube lançou no ano de 2016 o aplicativo na versão kids. E o interessante é que mesmo sendo um aplicativo livre de conteúdo adulto, o aplicativo tem ferramentas para controle dos familiares, como: definir um timer, para determinar qual será o tempo de uso do aplicativo, e os pais conseguem definir os limites de pesquisa realizada pelos pequenos.
3- Netflix Kids
A febre do momento, Netflix, que é um dos maiores provedores de filmes via streaming, também não poderia deixar de pensar nas crianças.
A conta oferece dois tipos de controle: controle rígido e controle leve.
No controle rígido, o titular da conta pode exigir um PIN de 4 dígitos para reproduzir qualquer série ou filme, garantindo assim que seu filho não assista sem seu consentimento.
No controle leve, há a opção de definir um perfil kids, definindo a classificação etária do usuário.
5 dicas práticas para acompanhar as crianças a partir de agora!
1- Proteja seus dados pessoais
Desde pequenos somos ensinados a não falar com estranhos, o mesmo se aplica ao mundo online. É importante orientar as crianças a não compartilharem informações pessoais como nome, telefone, endereço e fotos.
2- Filtre conteúdos na Google Play
É possível definir filtros por usuário para o download dos conteúdos disponíveis. Dessa maneira, a criança não consegue baixar e instalar aplicativos sem o consentimento dos responsáveis. É importante lembrar também, que só devem ser instalados aplicativos de lojas oficiais.
Veja como configurar o controle dos pais no Google Play aqui.
3- Ative a busca segura
O SafeSearch bloqueia imagens, vídeos e websites com linguagem explícita.
Basta ativar o SafeSearch do Android, para que seja possível impedir que conteúdo adulto apareça nos resultados da busca.
Veja como bloquear resultados com linguagem explícita no Google usando o SafeSearch aqui.
4- Controle os vídeos no YouTube
Para os pequenos que utilizam os aparelhos dos familiares, no Youtube temos a opção de ativar o Youtube Safety Mode para que sejam bloqueados conteúdos adultos.
Veja como ativar o modo restrito do Youtube aqui.
5- Denuncie
Sempre que ver alguma coisa errada e/ou suspeita, denuncie por meio do site www.denuncie.org.br. No site é possível ver a quantidade de denúncias por temas relacionados envolvendo a internet.
Com tantas formas de estar livre de conteúdos explícitos, compartilha com a gente como você faz o acompanhamento do que seu filho anda vendo na internet 🙂
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