Mobile payment para brasileiros: que formato vingará?
O cenário da economia brasileira parece ser ideal para um rápido desenvolvimento do mobile payment. Primeiramente porque o setor bancário é o que mais investe em TI por aqui: R$ 20,6 bilhões foram aplicados em tecnologia no ano passado, que representou 18% dos investimentos nessa área.
Em segundo lugar, porque há cerca de 45 milhões de pessoas trabalhando informalmente segundo dados do IBGE de 2012, e isso representa 44% do mercado de trabalho. Além dos profissionais liberais, como advogados, dentistas, psicólogos, a maior parte delas são marceneiros, pintores, manicures, faxineiras e outros trabalhadores da área de serviços que não têm vínculo empregatício.
Mobile payment será promissor?
Entretanto, nem todas as modalidades de pagamentos móveis devem ter um futuro promissor no Brasil. O conceito de wallet, por exemplo, é a base do Apple Pay, lançado em outubro deste ano, e do Google Wallet, disponível desde 2011.
Esse tipo de aplicação mobile usa os números dos cartões de créditos e débito para processar as transações sem a necessidade de dinheiro nem de cartão e possui ferramentas que permitem monitorar fraudes.
Ainda não há fornecedores dessa tecnologia no Brasil, mas a praticidade da aplicação nos deixa otimista em relação à sua adoção pelos consumidores por aqui.
Quais devem ter boa aceitação?
Contas pré-pagas devem ter boa aceitação no país, se considerarmos que 43% dos brasileiros não são bancarizados e que os smartphones já representam três de cada quatro celulares.
Isso porque o modelo de mobile payment permite receber e pagar por meio de uma plataforma web acessível em dispositivos móveis e faz com que o dinheiro do usuário fique mais bem protegido do que “guardado dentro do colchão”. Atualmente, já existem empresas oferecendo o serviço, mas ainda não está popularizado.
Há sucesso em curto prazo?
O modelo que, ao que tudo indica, será o mais bem-sucedido no Brasil no curto prazo é o de leitor de cartão para dispositivos móveis. Ele atende à necessidade das pessoas que não carregam mais dinheiro na carteira.
É prático, porque,com o celular carregado, não é preciso se preocupar com a bateria de outro dispositivo; e tem um custo mais baixo em relação às máquinas de pagamento convencionais. Isso porque o profissional liberal ou autônomo paga apenas por transação, sem mensalidade ou anuidade definida em contrato.
E você? O que pensa sobre o futuro do mobile payment no Brasil? Compartilhe sua percepção com a gente.
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