O Banco Central do Brasil lançou uma nova etapa do open banking, o sistema de compartilhamento de informações bancárias. Nesta terceira fase a principal novidade é a integração ao Pix.

Isso se torna relevante para a rotina de pessoas que utilizam diversas funcionalidades do mundo financeiro. E o open banking veio para desmistificar e facilitar alguns pontos desse setor.

Leia o artigo na íntegra para saber detalhadamente sobre a terceira fase do Open Banking. Boa leitura!

O que muda na terceira fase do open banking

A partir de agora fica valendo o iniciador de pagamentos, um processo que permite que o consumidor pague por produtos e serviços de forma direta, sem a necessidade da utilização de intermediários financeiros, como cartões de crédito.

Na prática, esta terceira fase do open banking possibilita que o consumidor possa efetuar o pagamento de uma compra feita em um site ou aplicativo no celular diretamente pela conta bancária, sem a necessidade de mudar de tela.

Inicialmente, a funcionalidade só estará disponível para uma base de clientes selecionados pelos bancos, com limite de R$1 mil por transação e em dias úteis, no horário das 6h às 20h.

O open banking começou oficialmente em fevereiro de 2021, com a primeira fase, que teve o compartilhamento de dados entre as instituições participantes.

A segunda etapa começou no dia 13 de agosto de 2021 e trouxe a possibilidade de compartilhar dados cadastrais dos usuários, como nome, CPF ou CNPJ e endereço, além de informações de crédito e cartões.

Exemplos de utilização do Pix no open banking

Nesta terceira fase do open banking, o usuário pode autorizar que suas informações sejam registradas no site da empresa como forma de facilitar o pagamento em futuras compras.

O que elimina a necessidade de recadastrar dados ou efetuar a leitura de um QR Code para finalizar a transação online.

Outra facilidade é que, a partir de agora, o usuário pode vincular o Pix aos chamados “serviços de iniciação de transações de pagamento”. Desta forma, não é mais necessário abrir o aplicativo do banco para pagar compras.

Esta função vale, por exemplo, para apps de entrega de comida, transporte e também para o e-commerce. 

O pagamento pelo WhatsApp é mais uma funcionalidade disponível para o usuário nesta terceira fase do open banking. O aplicativo de mensagens foi autorizado pelo Banco Central do Brasil como iniciador de pagamento e também poderá ser vinculado ao Pix.

Segundo o BC, a inovação vai possibilitar o acesso a serviços financeiros de uma forma mais fácil, rápida e por meio de canais mais convenientes para o cliente, preservando a segurança do processo.

Um ponto importante a ser destacado é que o compartilhamento só é possível com uma autorização prévia do cliente, que sempre deve informar a finalidade e também o prazo para o uso dos dados. Este procedimento vale para esta terceira fase e para todas as outras funções do open banking.

Terceira fase terá mudança gradual

A terceira fase do open banking estava programada para começar no dia 30 de agosto de 2021, porém, foi adiada em função de pedidos de bancos e fintechs.

O motivo, de acordo com o Banco Central, teria sido a necessidade de mais tempo para que as instituições ajustassem especificações técnicas essenciais para que a mudança pudesse ocorrer sem problemas ou instabilidade nas consultas e transferências de dados.

A implantação desta terceira fase do open banking será feita em ciclos que irão até o ano de 2022. Saiba quais são eles e quando estarão disponíveis para os usuários:

  • pagamentos com Pix — já está valendo;
  • pagamentos com TED e transferência entre contas de mesma instituição — 15 de fevereiro de 2022;
  • encaminhamento de propostas de crédito — 30 de março de 2022;
  • pagamentos de boletos — 30 de junho de 2022;
  • pagamentos com débito em conta — 30 de setembro de 2022.

Open banking terá operação de crédito

A terceira fase do open banking terá, a partir de março de 2022, o encaminhamento de propostas de operações de crédito entre instituições financeiras.

Isso significa que o usuário poderá solicitar diferentes modalidades de crédito — como empréstimos e financiamentos — de forma simultânea e para mais de uma instituição, como bancos, cooperativas e financeiras.

Segundo informações do Banco Central, com a terceira fase finalizada totalmente, será mais fácil a realização de operações como comparação de prazos, taxas e outras condições de crédito.

Alguns especialistas acreditam que o acréscimo desta camada transacional permitirá que sejam colocados no mercado modelos mais aderentes, por parte de quem oferta crédito.

Isso aconteceria porque as instituições financeiras terão informações adicionais sobre a capacidade de pagamento de cada cliente e, assim, poderão oferecer modalidades de crédito elaboradas de acordo com cada perfil.

Por outro lado, o apetite por riscos da instituição que concede crédito também é importante, pois há quem seja mais ou menos tolerante. Mesmo assim, é inegável que o open banking permitirá que mais pessoas entrem no mercado de crédito.

Quarta fase e a necessidade de mais informação

A quarta e última fase está prevista para começar no dia 15 de dezembro de 2021. Nesta etapa está previsto o compartilhamento de informações sobre produtos de investimentos, previdência, seguros e câmbio, entre outros.

Também será possível acessar dados sobre as características de produtos e serviços disponíveis no mercado.

Para o Banco Central, a troca de informações de clientes, feita de forma autorizada e padronizada, vai aumentar a concorrência no sistema financeiro e reduzir custos.

E o caminho passa pelo conhecimento, já que, em outros países, a adoção do open banking ocorre em diferentes estágios. O Reino Unido, por exemplo, conta com regras de compartilhamento de informações financeiras desde 2018, sendo um dos países pioneiros nesta prática.

Ainda assim, menos de 10% da população adotou o sistema aberto. O baixo índice de adesão no país europeu mostra que ainda é preciso disseminar muita informação a respeito do assunto.

Por outro lado, especialistas em finanças acreditam que a nova funcionalidade terá uma aceitação muito mais rápida no Brasil, a exemplo do aconteceu com o Pix.

Aqui no blog da Nexxera você fica por dentro de todas as mudanças do open banking e também de todas as novidades sobre as áreas mercantil e de finanças.

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